Economia não tem nada a ver com meio ambiente, mas disso todo mundo já sabe. Economia é a tão somente a ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição e consumo de bens. Isso não tem nada a ver com árvores, florestas e esquilos fofinhos de desenho animado correndo com nozes nas mãos...
Tal maravilhosa ciência apenas prevê fluxo, nunca estoque. O estoque não importa. E não tem nada a ver se, para construir um único carro sejam utilizados 22 mil litros de água potável. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa... (meu sofisma preferido!)
O inglês Nicholas Stern, chefe do serviço econômico do seu país, ex-economista-chefe do Banco Mundial e formado em Cambridge e Oxford, realizou minucioso cálculo sobre o impacto financeiro da degradação ambiental. Segundo ele, nenhum gasto muito superior à marca de 7 trilhões de dólares. “Se deixarmos as coisas tal como estão hoje, o planeta vai perder entre 5% e 20% do PIB mundial. As perdas econômicas para os países pobres serão bem maiores do que as verificadas nos países desenvolvidos por várias razões: geografia – superaquecimento de países mais próximos à linha do Equador –, limitação das atividades econômicas – já que dependem mais de produção agrícola -, dispõem de menos dinheiro para investir em formas de se proteger contra os efeitos do aquecimento global.”
A você, caro amigo que adora escovar os dentes admirando a água corrente da torneira, saiba que a cada 8 segundos desaparece um campo de futebol na Amazônia. E esta corresponde a 70% da pluviometria do país. Ou seja: desaparece nossa amiga, desaparecemos nós.
Nas últimas décadas o processo de extinção foi maior do que os últimos 65 milhões de anos, efeitos causados pelas “divinas” mãos humanas.
Pensemos: a natureza é um sistema circular, é regenerativa, finita. A idéia do “jogar fora” é pequena, ilusória e confortável. Mas nada se joga fora do mundo. Vai para algum lugar. No entanto a economia capitalista não prevê. Esta é linear, degenerativa e infinita. Produz-se numa linha crescente, joga-se fora o que não serve mais e produz-se novamente. Logo, o Katrina (tempestade tropical que alcançou a categoria 5 da Escala de Furacões de Saffir-Simpson, atingindo a costa dos EUA em 2005), do ponto de vista social foi uma tragédia, mas do ponto de vista econômico foi uma grande oportunidade (reconstrução, geração de empregos, fluxo de caixa), ainda que tenha provocado nada menos de 1833 mortes.
Pensar em alternativas é simples, mas não é fácil: reciclagem, desenvolvimento sustentável, conscientização, prioridades, políticas governamentais de braços dados com população interessada em fazer diferente.
Em vinte anos começaremos a sentir de maneira drástica as conseqüências do que fizemos até agora com o planeta azul. A sorte foi lançada. Estarão nossos destinos em dados viciados?
...
Camila Caringe
(Entrevista de Nicholas Stern na íntegra pode ser encontrada na revista Veja de 08/11/06)
2 comentários:
Cá, quem é que adora escovar os dentes admirando a água corrente da torneira heim, heimm???
hahaha!!!
Tá bom...eu confesso! Mas eu prometo, que nunca mais vou fazer isso.. nunquinha... (imagina a carinha do gatinho pidão do Sheck, agora ta!) rsrs!!
Mas então..depois de escovar os meus dentes, eu vou te elogiar, pelos seus textos, pela as suas fotos..mas só depois.. hahaha!!!
É que eu tô com sono cá..não liga.. ¬¬'
Adorei a postagem, cá!!
=D
beijos na alma!!
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Fico muito feliz por saber que você sempre faz bom uso das coisas que lhe dou, como a Tháta com batata já disse eu também confesso! Mas eu prometo, que nunca mais vou fazer isso.. (imagina a carinha da Boo do Monstros S.A, imagino rsrs!!).
E mais uma vez parabéns pelos seus textos, pela as suas fotos, pelo sua humanidade e por existir.
É maravilhoso estar ao seu lado me perdoa por tudo me desculpe por qualquer coisa, ainda temos que ir pra África ou ficar aqui e fazer a diferença (você já faz mais tenho muito o que aprender com você).
Tudo vai dar certo não se preocupe as coisas vão melhorar.
Deste que gosta muito de você
"Mentira";
Deste que te Ama.
Fernando A. S. Filipe.
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