31 de março de 2008

Da série "Percepções - eu tava lá e vi"

Maracatu Baque Bolado



Casa das Caldeiras

(photos by Camila Caringe)

30 de março de 2008

Da Conferência Estadual de Juventude

Há agências e agências. Essa vale à pena:

http://www.revistaviracao.org.br/juventude/?cid=38&notId=125

É a prova de que eu estava trabalhando no domingo!

29 de março de 2008

Um orgulho de amigo

De vez em quando eu faço algumas coisas que me dão orgulho. Mas é bom não ficar exibindo, que minha mãe diz que eu já sou amostrada por natureza e isso é feio.
Mas, quando a realização não é minha, não precisa fingir que nem é nada, né?!
Então, tenho um amigo que causou polêmica no festival de teatro de Curitiba. E tenho mó orgulho de dizer que é meu amigo:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u386966.shtml

O "Lima" é o Rô. E é meu amigo!

28 de março de 2008

Déjà vu

Trabalhar numa agência de notícias é super legal!
Televisão, rádio, jornal, internet. Tudo ao mesmo tempo agora. Alto número de informações a serem articuladas de maneira inteligente em tempo record. Fenomenal!


Pedi demissão.

27 de março de 2008

I don't see what anyone can see in anyone else, but you

Valeu, Diego!

26 de março de 2008

Da série "Percepções - eu tava lá e vi"


(By Camila Caringe - copy left)

Para visualizar melhor, basta clicar na imagem, desatentos de plantão!

25 de março de 2008

“Bom dia Brasil” agora há pouco

Renato Machado: _ Mas secretário, não deveria haver informações aos turistas, embora eles se dirijam mais a zona sul do Rio? O mosquito não distingue ninguém, correto?
Secretário: _ É, Renato, infelizmente, não.
(blá blá blá)

Não consegui ouvir o resto. O quê será que ele quis dizer com “infelizmente não”?
Será que você está pensando o que eu estou pensando???

24 de março de 2008

Pff!


Após um feriado regado a cinema, show, leitura teórica e muuuuuitas horas de sono... a ressaca, a olheira e a crise de abstinência de boa vida na prodigiosa segunda-feira.
A maldição recomeça...

22 de março de 2008

Eu não sou chique, bem!

Fui num restaurante chique ontem. Era tão chique, tão chique, que até me senti mal com as pessoas me tratando tão bem. Tudo começou na entrada. Gente pra conduzir até a mesa, gente pra conferir minha bebida, gente pra explicar o cardápio, gente pra falar das atrações da noite.
Daí, depois de beber e constatar mais uma vez que meu rim é tão bom que parece que nem tá lá, porque tudo que bebo passa direto, tive que ir ao banheiro. E, surpresa! Uma moça entra no recinto:

_ Tudo bem?
_ Sim.
_ Você precisa de alguma coisa?
_ Não. Por quê?
_ Nada. Só queria saber se você está bem.
_ Você trabalha aqui?
_ Sim. É que, normalmente as pessoas pedem algum remédio pra dor de cabeça ou Engov, pra não ficar bêbada...
_ Ah... Mas eu tô bem!
_ Sim, sim. Claro. Eu só queria saber...
_ Eu só vim aqui fazer um xixi, mesmo.
_ Ah... tá.

Lavo as mãos. Ela pega o papel toalha pra mim.
Eu me aproximo da porta. Ela abre.
Outra porta. Ela alcança antes de mim e abre também.
Eu olho. Ela sorri gentilmente.
Quase que eu falo: _ Olha, eu sou pobre, então, vamo pára de frescura. Eu sei abrir a porta! - mas pensei que soaria muito arrogante, e arrogância é coisa de rico. Agradeci.
Voltei pro restaurante.
Música boa?
Não! Muuuuuuito boa!
Sensacional!
Nós, o casal que não era casal, até ganhamos uma música oferecida especialmente pra gente!
Éramos tão simpáticos que os músicos até fizeram piadas e cumprimentaram. Viramos o centro das atenções de tal maneira, que vieram dar parabéns ao meu rapaz:

_ É seu aniversário?
_ Não.
_ Ah... Aniversário da moça?
_ Não.
_ Ah, tá. Divirtam-se, hein?!

E o melhor: EU ABRACEI O ANDRÉ LEONO!
uhul!
Demais.

21 de março de 2008

Para saber

18 de março de 2008

Arte pela arte

Parece uma propaganda publicitária no metrô:


E, realmente, eu acredito que era pra ser uma propaganda. É no metrô, mas veja o que nossas câmeras captaram:



O publicitário usa o Ano Novo como pretexto para ter uma parede nova, sem umidade e, com isso, convencer o cliente de que o produto é imprescindível. Só que, tem uma coisa: estamos em março. Isso significa que o cliente tem mais 9 meses pela frente pra pensar nas paredes. E outra: a anti-propaganda segue firme. A legenda ainda usa a palavra "festas". Meu, a mina da foto tá com cara de tudo, menos de festa. Tá com cara de sono, de dor de barriga, de saco cheio, de fome, de final de semana em faxina, sei lá, mas não tá com cara de festa. Talvez até esteja lendo uma reportagem sobre a possibilidade de nova recessão, mas festa é algo que, ao que parece, não faz parte dos planos. Logo, como a imagem ilustra a legenda?????
Isso tá parecendo foto requentada.

Gente, faço jornalismo, não publicidade, mas meu, pelo amor, né?!

Eu que não compro esse meleca pra minha parede!
(fotos by Camila Caringe)

17 de março de 2008

Sabe quando isso acontece????


Sabe quando você ouve uma música num dia, daí vai dormir cantando ela, daí acorda com ela na cabeça, daí passa o dia infernizando as pessoas ao redor porque só lembra uma parte da música, daí você começa a atormentar a si próprio e não consegue parar de cantar, nem consegue esquecer, mas também não consegue reproduzir todas as frases na ordem em que deveriam estar...?!


Então! Isso não aconteceu comigo hoje.

16 de março de 2008

e-mail de chefe


Será que existe uma mensagem subliminar que, de leve, insinua que temos que ter cuidado com gafes???
Não! Não deve ser isso!
...

14 de março de 2008

É preciso dizer

Ser politicamente correto significa ser pouco objetivo e, por vezes, não assumir um compromisso com a realidade, mas disfarçá-la, maquiá-la.
Negro é negro. Não é moreninho. Da mesma forma que branco é branco. Gay é gay. Empregada doméstica não é secretária do lar. E qual é o problema de ser empregada? Todo mundo precisa trabalhar e nem todo mundo tem um negócio próprio, logo, alguma vez na vida todo mundo é empregado de alguém. Qual é o problema em dizer isso?
O politicamente correto limita o próprio pensamento e o pensamento do outro, num discurso eufêmico que não tem razão de ser. E pode ainda causar confusões. Óh:


"Maria um dia chega em casa e se assusta. Quem olhasse sua expressão de desespero ficaria aterrorizado. Seu marido, João, havia "pendurado as chuteiras". Era jogador de futebol e, pela primeira vez na vida, tinha lavado e colocado as chuteiras no varal pra secar, sozinho. Maria, ao ver aquilo, de susto tão grande que levou, o coração acelerou, e ela "bateu as botas". Mulher macho que era, bateu uma na outra que nem dançarina de flamenco. Não gostou de saber que ele podia fazer isso sem ela. Ficou brava. Ele, então, disse que já estava na hora de ela "partir dessa pra melhor", deixar de ser a única a fazer tudo dentro de casa e entrar no século XXI, onde homens também podiam participar da vida doméstica. E ela passou. "Passou pro andar de cima", onde ficava a laje, arrancou as chuteiras de lá. E morreu. Não faleceu. Morreu mesmo. De desgosto com esse marido. Daí, ele sim, passou pra uma melhor, com outra esposa que o deixava pendurar as chuteiras o quanto quisesse."

A vida é assim, uai!

12 de março de 2008

Constatações

Hoje esta sorte observa o resultado de algumas pesquisas cuidadosamente elaboradas, pensadas e entendidas como fundamentais para promover a reflexão da sociedade sobre ela mesma.

A primeira pesquisa foi de mercado e esta Sorte perguntava aos dados o nível de aceitação do novo layout. As opções eram muitas, mas a galera decidiu que este blog era mesmo Maravilindo.

Depois, os leitores deste blog tiveram a super chance de provar aqui seus conhecimentos gerais e, sobre o cavalo de Napoleão, disseram não saber a cor, mais o conheciam por nome e sobrenome: Pé-de-Pano.

Na última pesquisa os dados apontaram que esta sorte, além de bem informada, é politizada. Aqui também, assim como nas prévias estadunidenses, o povo mostrou que McCain não tem vez. Os eleitores ovacionaram o mexicano Roberto Bolaños, intergalacticamente conhecido como o Chavinho da vila, Chaves, Chapolin, ou Chespirito, o que reforçou a tendência à revolução latina.

Galera, nossos dados grafam a perspectiva de uma nova era. Abram as cortinas e as janelas. Em seguida, seus olhos. Bem abertos.

11 de março de 2008

Alguma coisa

Não. Dinheiro definitivamente não traz felicidade.
O importante é aprender a valorizar as coisas boas da vida, a alegria cotidiana das coisas simples, dos sentimentos verdadeiros.
A riqueza que cada um traz consigo no coração é o que importa. A virtude, a lucidez, a verdade.
Valores impenetráveis e incalculáveis em valores simbólicos monetários.
Definitivamente. Dinheiro não traz felicidade.
...
Mas resolve muitos problemas.

9 de março de 2008

Problemática da vida

Tudo é um problema para nós, humanos. Até, e principalmente, as coisas mais simples.
Um animal qualquer pode simplesmente dormir quando tem sono, comer quando tem fome, fazer xixi quando tem vontade. Nós não. Temos horários, posições e lugares muito específicos pra tudo.
Eu, por exemplo, já tive que fazer xixi numa cachaçaria de beira de estrada.
Veja: uma viagem que era pra durar 1h30 durou 6h. Tava calor, eu bebi muita água. Homem ainda tem alguma vantagem. Mulher não. Precisa de toda uma situação propícia.
Ontem teve uma passeata no centro da cidade sobre o dia internacional das mulheres e sua luta. Entre os gritos de protesto e a confusão de gente me enfiaram uma tirinha de quadrinho na cara. Sabe como é, esse povo que grita por direitos iguais... A tirinha era a história de uma mulher que aprendeu a fazer xixi de pé, entrou no banheiro masculino e fez no mictório, enquanto um homem do lado olhava estupefato. E ela, a menina do quadrinho, fazia a maior cara de satisfação.
Gente, na boa, mesmo sabendo que as prostitutas tailandesas fazem coisas mais difíceis, ainda prefiro não arriscar e lidar com a problemática de ter nascido gente – e do sexo feminino, ainda por cima.

8 de março de 2008

Dias e dias

Não soa maravilhoso que as mulheres tenham um dia internacional só pra elas????
Então, será que as árvores, as bruxas, os mortos e os mentirosos também se sentem assim, lisonjeados?

7 de março de 2008

O jeito é lidar com isso

O ser humano nunca é. Sempre está sendo. Porque nunca acaba seu próprio contorno, não pode fechar o projeto de si. Está sempre mudando, alterando-se, crescendo, aprendendo, transformando(-se).
E tudo começa com os primeiros traumas da vida. Quando engatinha alegremente e te pegam comendo a ração do cachorro (porque ninguém lembrou de te dar algo mais saudável) e te gritam. Algum adultossauro te arranca do solo, grita e bate na sua mãozinha. Pronto. Ali aconteceu o primeiro trauma.
Calma. Todo mundo tem problemas. Isso é normal.
Naquela fase da vida você começa a querer descobrir o mundo, viver aventuras, tipo se pendurar no tanque e morder sabão em pedra pra ver que gosto tem. Sua mãe então, sente seu distanciamento e fica triste, porque se sente rejeitada, sente que você não precisa mais dela. Só que você precisa e se lembra de chorar bem no ouvido da mamãe quando acontece alguma coisa. Ela, depois do processo de rejeição que você começou quando quis bancar o auto-suficiente de fraudas, também te rejeita, fazendo a linha "você já está bem grandinho!". Essa é a "ferida narcísica", teorizada por Freud.
Esse processo de individuação - ou seja, você se vendo como indivíduo autônomo - pode tomar diversos rumos, bem ou mal sucedidos. Mas uma coisa é certa: você repetirá a luta desesperada por compreensão quando se sentir rejeitado em qualquer situação posterior em sua vida. E isso se chama transferência. O espelhamento da relação materna com o vizinho, o colega, o amante, o padeiro, enfim!
Em linhas gerais, o que eu queria dizer é que seu comportamento neurótico (seja lá quem você é, porque todo mundo é neurótico mesmo) tem explicação. Mas como curar as feridas narcísicas?
Eu não tenho a solução.
Ninguém tem.
Legal né?!
Bom final de semana.

6 de março de 2008

Reflexão profunda nº 123.654.489

(O homem é essencialmente bom ou mau?)

"Longe do equilíbrio se produzem fenômenos coerentes. O não-equilíbrio é a via mais extraordinária que a natureza encontrou para tornar fenômenos complexos possíveis. A vida humana, reações químicas, relações sociológicas, econômicas... só são possíveis porque estão longe do equilíbrio. As inúmeras interações, as bifurcações da evolução, a não-linearidade dão a complexidade necessária à existência desses sistemas instáveis."

Equipe de pesquisa: Alice Stefânia Curi, Cila Mac Dowell, Carla Rocha, Frederyck Sidou, Gisele Alvarenga, Katiana Donna, Maria Luiza Fragoso, Milton Marques, Pedro Augusto.

4 de março de 2008

Fraternidade acima de tudo

Dividir um quarto com alguém pode ser chato. Ou engraçado.
Dividir um quarto com sua irmã mais nova pode ser muito chato. Ou muito engraçado. Ou os dois.
Minha irmã decidiu há alguns dias encher o nosso quarto daquelas coisinhas fluorescentes que brilham no escuro, sabe? Então. Começou timidamente, com estrelas no teto, imitando o Cruzeiro do Sul. Depois apareceram algumas luas e planetas nas paredes, aqui e acolá. Mas a última invenção me assustou. Ela lotou as hélices do nosso ventilador de teto de pequenos quadradinhos fluorescentes. Mas assim, são muitos!
Agora, imagina o efeito quando se liga o ventilador? Claro! Um lindo disco voador iluminado no escuro voando sobre mim!
Eu, que já transformei minha cama numa biblioteca e durmo no chão, caio no sono mentalizando a imagem do ventilador e dizendo para mim mesma “Calma, é só um ventilador, embora pareça um OVNI, e você não será abduzida”. Ainda bem que quando eu acordo a luminescência já passou. Imagina acordar com o som do motor do ventilador, o vento no rosto e aquela luz toda bem em cima de você?! Pronto, morri, já era, já foi, me ferrei, o planeta foi invadido e minha hora é agora. Beleza!
Mas o recado é: tenham paciência. Usem filtro solar e amem seus irmãos. "Eles são, possivelmente, quem vai sempre mesmo te apoiar" (Pedro Bial) e rir da sua cara enquanto você conjectura sobre o amor verdadeiro e seus limites (se é que tem limites).

2 de março de 2008

Eu tenho, você não te-em!

Wittgenstein já dizia: tudo é discurso. Não é errado dizer que a vida é um jogo – linguístico, basicamente.
Neste contexto é possível encontar os mais diversos perfis. Gente que passa a mensagem, convence, ou não, encanta, ou não, desagrada, ou não através de seu discurso, não somente verbal, mas linguístico mesmo, como um todo.
Aí qualquer um pode localizar o famoso Fodão-merda. Sabe aquele cara que tudo o que você falar ele já fez, já esteve onde você quer ir, já cansou daquilo que você quer ter, já viu quem você quer conhecer, já sabe o que você ia explicar... enfim! Ele precisa ser mais. E, para tanto, precisa que você seja menos.

Logo, a aparente superioridade transparece, para um olhar mais atento, uma enorme fragilidade.
Perceba que a técnica de dominação doentia desse sujeito é muito simples: agressividade. Nunca vai ouvir sua opinião, nunca vai aceitar que você tenha feito alguma coisa que ele não fez. Se você foi pra praia, a areia da praia dele era mais areia. Se você tomou sorvete, o sorvete dele era mais gostoso.
Mas, como todo o jogo, este acaba assim que as cartas são colocadas na mesa:
_ Mas por quê você está sendo rude comigo? Eu nunca fui rude com você. Por quê só a sua praia é boa e a minha não?
Pronto. Lá se vai mais um Fodão-merda pelo ralo... (“linguisticamente falando”)

1 de março de 2008

Sobre quando não há ninguém, embora haja

Estamos sozinhos. Ele e eu. Eu numa ponta da sala comprida. Ele na outra. Ponta. E ponto.

Silêncio de vozes presenciais. Vozes somente dos meios. Outros, que não nossa fala muda. Barulho apenas de quem não está. Para quem compartilha, nada. Vazio e silêncio e pronto. De pronto, qualquer rascunho humano de nós ecoa.

Diferente é só o que de mim sobra quando olho o resto do ser que não é, não sente, não percebe, não esquiva nem enfrenta. Ignóbil.

Aborrecidas elas passam. E como se não bastasse, me sorriem. As horas cruéis escorregando como lágrimas. Tristeza inclusive.

Céu se abriu e explodiu. Coração rebentou feito balão no alto. O que há são sobras das sombras assombrando o presente de medo.

Ficou a pintura borrada dialogando com o nada das paredes. Eco do silêncio na bagunça do espírito.

Valentia de estar só. Acompanhado.