28 de outubro de 2009

Salva pelo gongo

Um dia depois do anúncio da estréia do longa-metragem "Eu e as baratas", estrelado por uma colega de trabalho, eis que tenho um diálogo muitíssimo esclarecedor na cozinha do escritório. A saber, segue:

_ Meu, tem muita barata aqui, hein?
_ É.
_ E são todas pequenininhas. Quer dizer, se tem filhote, tem mamy e papy também, né?
_ Ah... não. É a raça da barata que é assim mesmo. É modelo pequeno, elas não crescem.
_ É mesmo? Não sabia que existia essa marca, tipo, mini-barata. Que fofo, né? Deve ser pra criança.
_ Rsrs...
_ Mas sabe, eu venho aqui e tenho mó medo que dentro da minha garrafinha caia uma barata junto com a água. Porque tem esse caninho aqui e eu acho que...
_ Ah, elas entram! Entram sim!
_ É? Então o que você tá me dizendo é que a água está contaminada?
_ Isso. Isso mesmo.
_ Ah... (jogando a água na pia) Brigada, hein?!
_ De nada.

Ufa! Beeem melhor ficar com sede.

25 de outubro de 2009

Do machismo feminino

É claro que a gente sabe abrir e fechar a porta do carro, mas custa ele fazer isso?
Custa ele desviar a gente do matinho, do buraco ou do poste enquanto a gente anda sem olhar pra frente?
É tão difícil assim carregar a nossa mochila, entender nossos surtos de comunicação reprimida, decidir de uma vez o filme ou o restaurante quando a gente diz, despreocupadamente, “tanto faz... escolhe você”?
E, depois de sutiãs, marchas, revoltas, greves, passeatas, febres, alucinações, máquinas, sexo, jogos, política, direitos, deveres, mutilações, anticoncepcionais, TPMs e mortes, eis:


“Mas o indivíduo raramente é capaz e propenso a admitir que vê o mundo através do prisma de gerações passadas, que a sua inovação tem uma base estritamente determinada, uma base de que ninguém consegue desprender-se inteiramente.”

A. Schaff, 1974

15 de outubro de 2009

Action day - meu blog na mão do contra

Uma sacolinha de plástico leva 300 anos para se decompor.
500 bilhões de sacolas por ano quer dizer 1,5 bilhão por dia ou 1 milhão por minuto. Os dados são da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, que afirma ainda que no Brasil são produzidos anualmente 210 mil toneladas de filme plástico, com o qual são fabricadas as sacolas. As estimativas revelam que os brasileiros jogam fora, todos os meses, um bilhão delas, o que dá uma média de 66 unidades para cada consumidor.

Agora, se é pra refletir, vâmo refletir:

Como levar suas compras pra casa se os mercados só oferecem sacolinhas de plástico?
Com sacolas de pano, claro.
E você tem na sua casa sacolas de pano disponíveis para fazer uma compra de mês?
Sua vizinha tem?
Seus familiares têm?
E seu lixo? Descarte as sacolinhas. Onde é que você vai dispensar seu lixo? Em sacola de pano, também? Ou solto? O caminhão vai parar na sua porta e você vai sair correndo de pijama, na madrugada, e fazer várias viagens da cozinha até o portão até que todo o seu lixo tenha sido levado sem embalagem?

Please, né?

É o tipo da coisa que ou é coletiva ou não é.
Iniciativas individuais são louváveis. Iniciativas coletivas, públicas e cidadãs, são realistas.

Eu não tenho a solução.
E você?

12 de outubro de 2009

Despautérios - Da série: falta de tato é pouco, errar é humano e perdoar é pros fracos

_ É assim: na minha vida primeiro vem Camila Caringe, depois Deus, depois a família e depois, por último, eu.
_ !!!


__________________________________________________

_ ...E Jesus disse: “Não jogai pérolas aos porcos.”
_ É mesmo? Ele disse isso aí?
_ Disse sim. Por quê?
_ Ah... ele disse um monte de besteira, mesmo, né?
_ ...
_ Você é cristã?
_ Uhum.
_ Ah... Foi mal.

8 de outubro de 2009

Da série: singelas descobertas cotidianas

Você já conheceu uma pessoa bem humana? Sim, porque existem pessoas só um pouco humanas, mais ou menos humanas, muito humanas, nada humanas... Assim como existe pessoa animal, pessoa divina ou pessoa angelical, como supôs um amigo meu semana passada.
Eu conheço uma pessoa bem humana. Descobri esses dias que a criatura com quem eu moro é mega-humana.


_ Olha! Tá nascendo! Tá nascendo! Tá nascendo!

_ O quê tá nascendo? A sua batata feia?

_ Não é batata feia! É dália. A flor é linda e parece que tá brotando, olha!


Olhei no fundo do balde enquanto ela saía correndo da varanda e voltava aos pulos:


_ Vou filmar o nascimento!

_ Você vai filmar esse teco de coisa verde aí que cê nem sabe se é ou não sua batata feia?

_ Não fala assim! Vou registrar esse momento!

_ Tá, né. Mas... Por que você plantou num balde? Não era melhor um vaso?

_ Isso é um vaso! Eu mesma fui comprar junto com a terra adubada.

_ Ah... foi mal.


E fiquei na janela olhando ela filmando o micro-talinho de grama de 3 milímetros. Nessa hora notei que eu, apesar de pessoa, talvez não seja tão humana. Hiléia, que faria comigo? Decerto minha amiga estaria salva no paraíso das flores de dália enquanto eu queimaria no mármore do inferno dos ecoxiitas. Logo eu, militante de coração e contrato.


(((suspiro)))

6 de outubro de 2009

Dos erros, desejáveis como inevitáveis

Uma vez eu voltei ao antigo colégio e encontrei a professora de inglês:

_ Que bom vê-la novamente, senhorita Caringe. O que está fazendo da vida?
_ Estudando jornalismo.
_ É mesmo? E o que a sua mãe acha disso?
_ Olha... ela não se manifestou contra, contanto que eu pague a faculdade.
_ Sim, mas ela gosta da idéia de você fazer isso?
_ O quê? Uma faculdade?
_ De jornalismo.
_ Não tenho muita certeza, mas acho que ela não vê problema.
_ Ah... Mas que pena...
_ Hum?
_ Andam morrendo tantos jornalistas por aí...
_ Hum...
_ Se eu tivesse uma filha eu não ia deixar ela ser jornalista, sabe?
_ É mesmo?
_ É. Uma profissão horrível.
_ Hum...
_ E você quer trabalhar com isso mesmo?
_ Sim.
_ Puxa, que coisa... Mas ainda dá tempo de repensar, né, Camila? Não é só porque você fez faculdade que tem que trabalhar com isso, não é mesmo? De repente você descobre algo que te faça feliz, que te dê futuro...
_ Obrigada, professora. Bom te ver, hein? Té mais!

Não. Não há mais tempo de descobrir outra coisa que me dê futuro, que me faça feliz...

******


Día del Periodista
Por Carlos Ortiz Cornejo, Secretario General Adjunto de la FGP


Rebanadas de Realidad - FGP, Lima, 02/10/09.- El 1º de octubre de cada año en el Perú se celebra el DIA DEL PERIODISTA, pero no crean que todo es felicidad en este día para los periodistas y, aunque muchos aseguran que es una profesión que pasa desapercibida, continua siendo una de las profesiones más peligrosas actualmente en el mundo por la forma en que en muchos países, incluido el nuestro, los hombres y mujeres de prensa son perseguidos, encarcelados, torturados y muertos por el solo hecho de decir la verdad y denunciar actos de corrupción que se ocultan bajo el manto protector de muchos gobiernos de turno. Ser periodista no es fácil en esta globalización de la información, es meterse en algo difícil, aunque se dice que el periodismo es el Cuarto Poder del Estado y que los gobiernos aseguran el derecho a la información e investigación vemos que es todo lo contrario. Basta dar una mirada para darnos cuenta como tratan a los periodistas, sobre todo a los honestos que tratan de cumplir a cabalidad con su conciencia e informar con la verdad a la opinión pública.

En el Perú ese día, se ha celebrado con una serie de problemas que afectan al gremio periodístico, recibiendo la como siempre la incomprensión de los poderosos que tratan por todos los medios de silenciar a los periodistas de los medios de comunicación que se atreven a decir la verdad. Podemos señalar como ejemplo la amenaza o el cierre de radios contrarios al gobierno como lo que ocurrió con Radio Bagua que recibió este día del periodista en plena disputa por la reapertura de la emisora, clausurada meses atrás por el Ministerio de Trasportes y Comunicaciones que alega razones técnico-legales para clausurar esta emisora. Sin embargo, los hombres y mujeres de prensa sostienen que la licencia de la emisora fue en realidad revocada porque la radio informó con amplitud la larga protesta de los indígenas amazónicos y sobre los disturbios del 5 de junio pasado que dejó como saldo 34 muertos por lo que el gobierno acusó a Radio Bagua de exacerbar los ánimos y muchos congresistas del Partido Aprista pidieron abiertamente su clausura lo que fue rechazado por las organizaciones gremiales y por diversos sectores políticos, así como por entidades internacionales. Los periodistas como en este caso, siempre son acusados por los poderosos y los políticos por difamación cuando ellos denuncian los malos manejos de los que dirigen y controlan el poder político y económico de nuestro país. Se suma a esto, los abusos que cometen los dueños de los canales de televisión, diarios, que reciben jugosas cantidades de dinero por parte del Estado para difundir propaganda estatal pagas con el dinero de todos los peruanos a través de los impuestos. Estos malos empresarios tampoco pagan salarios dignos, ni cumplen con las leyes sociales de los periodistas, mientras por otro lado el Poder Legislativo -hoy subastado por ineficiente ocasionado por el debilitamiento de los Partidos Políticos- solo busca la forma de dar Leyes a favor de los grupos de poder económico, otorgando poderes extraordinarios al Poder Ejecutivo para que legisle y así libremente pueda privatizar y vender los pocos recursos naturales que nos quedan. Sin embargo, vemos que a este Poder del Estado le queda tiempo suficiente para buscar alguna ley que sancione drásticamente a los hombres y mujeres de prensa honestos mientras los corruptos gozan de privilegios en cárceles doradas o con arrestos domiciliarios o simplemente gozan de las bondades del poder que los convierte en intocables ocupando cargos de confianza con jugosos sueldos mientras que la mayoría no llega a los 300 dólares americanos al mes.

No podemos dejar de mencionar que en lo que va del año 126 comunicadores sociales sufrieron algún tipo de agresión por cumplir con el sagrado deber de informar con la verdad. De ese total de actos hostiles a los hombres y mujeres de prensa, 28 fueron amenazas u hostigamientos, 36 fueron agresiones físicas o verbales, 24 acciones de presión jurídica, 17 obstrucciones al ejercicio periodístico, la cuenta incluye siete detenciones arbitrarias e igual número de actos de presión administrativa de dos secuestros y cinco ataques con daño a la propiedad. Los atentados fueron cometidos por civiles privados, 41 por funcionarios civiles, 19 por militares y policías e igual número por elementos no identificados. Las víctimas fueron 56 periodistas de radio, 40 de televisión y 30 de prensa escrita.