Eu pediria por favor e perdão no ido das horas a quem seja ofensa meu despir pudico, irrelevante.
Eu sinto por mim esse mesmo desprezo de coisa pequena, que não se vive por si só.
Sou essa coisinha, pobre, torpe e repetida, reinventando o auto-logro, eternamente debutante.
Dos ruídos de fora me interessa nada, que mais é utopia. Mas aos barulhos de dentro, ranço, apego e desejo, merecidos, imerecidos apelos.
Minhas condolências ao que há de pior em mim.
Lamento.
É que havia solidão e saudade no espaço do vento entre nós naquele abraço. Tinha cheiro de amor-recém chegado o seu perfume no final do dia, tinha uma eu impressa na sua pupila, uma certa supremacia de intenções boas guiando eu pra você.
Foi nessa hora.
Foi essa hora que eu segurei e suspendi no alto de nossas cabeças, como luz de idéia ou lamparina discreta.
Era pra ser sigilo até de nós a clareira que se fez na impossibilidade fértil. E você, viril, fecundou de vontades meu ensejo estéril, obcecado. Nasceu um rebento que não pude conformar.
Desculpe.
A quem possa ferir esse afeto tanto, meu lamento. É que meu querer não conhece amenidades. Precisava de você. Não menos.
2 de março de 2011
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5 comentários:
(http://camilacaringe.blogspot.com/2009/01/contra-di-ao.html)
Uau...
Daqui a pouco vem um dizendo:
"Nossa, como vc escreve bem... vc é linda"
E outro:
"Ah, vc escreve oq eu queria dizer..."
Pffffff...
Tem leitores desta blogagem que são lamentáveis!
É Camila, quem disse que seria fácil?
Só pra constar: Passei por aqui, e fazia tempo heim!
Preciso de você. Não menos...
Irmãzinha chata mais nova que eu tanto amo!
^^
POIS BEM QUEM ESCREVE BEM TEM QUE ACEITAR CRITICAS, NAO?
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