17 de outubro de 2013
14 de outubro de 2013
Efeito fita
Cortou-me o coração sabê-la sempre tão sentada, o rosto triste ao pé da escada, ajeitando o laço do presente entre as mãos.
Como muitos romances de começo, entreteve o caminho de um e outro até que deu no horizonte. Sete anos levou o prenúncio e há um a vida estatelava na parede da frente, tanto parede que nem via janela ou porta, de novo e de novo voltando praquele que não a queria.
Em frangalhos a menina tornava e entornava de todo o coração a simpatia pelo moço sem noção, que declarava sem cerimônia ou emoção amor por uma recém-aparecida.
Em ocasião do aniversário, sua ex-menina lhe veio com dois presentes. Uma armação de fofoca com desejos de insucesso e um pacotinho, com laço de fita na frente, que ajeitava cuidadosamente entre as mãos, tão sentada, o rosto triste ao pé da escada.
Cortou-me o coração.
9 de outubro de 2013
Bandidos
Assaltante de joalheria é “bandido”.
Roubou, é “bandido”.
É presidiário, é “bandido”.
Justiça condenou (condenou mesmo ou vai investigar?), é “bandido”.
Corrupto não. Condenado por mensalão é “acusado”. No máximo é chamado de “condenado do caso mensalão” mesmo. Bandido é outra coisa. Bandido é o que mata ou poderia matar com as próprias mãos, diretamente, sem intermédio de burocracia. Matar por tabela desviando verba de hospital e merenda de criancinha é ooooutro tipo de “inconstitucionalidade”. É caso de...
...Sei lá!
Auto-alto-padrão de televisão.
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