Às vezes eu me lembro de um ou outro remorso, como tivesse
em mim um Deus no dorso dependurando as dívidas, mais a efeito de escárnio do
que um juízo muito definitivo dos meus passos trôpegos.
As vezes dele eu nunca soube. Sua rotina, seu cotidiano. Só
uma pista no cuidado de um dia, de um momento prender no espelho do táxi,
ao lado de sua própria imagem refletida, uma outra de Jesus averiguando-o.
Era como solicitar que Ele ali, humilde na santa altivez, se
pusesse analisando a cristandade na insânia da marcha que se tranca ao sabor da
sorte. Quem sabe a dar nota, um por um, aos passageiros da loteria.
2 comentários:
Só acredito num Deus que saiba dançar.
Li isso numa camiseta, não lembro onde, mas juro que li.
Sobre o texto, eu estava lá... Engraçado como eu estava lá e não tive nem 1/3 dessa visão...
A visão de cada um sobre o mesmo ponto é incrível... fico pensando na mistura que é a visão de nossa filha...
Sobre a camiseta, tem uma dessa aqui no meu varal... muito boa...
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