8 de agosto de 2011

Aviador

Houve um tempo em que eu queria genuinamente fazer algo relevante pela humanidade. Mas quando me deparo com essa doçura violenta que é a vida, o amor... resta-me pouco, resta-me nada a dizer.

Saint-Exupéry, autor do Pequeno Príncipe, enamorou-se certa vez, aos 43 anos, por uma menina de 23, casada, francesa.

Com tudo o que aquele amor tinha de inapropriado, lançou-se ele, com aquarelas e poesias, a conquistá-la. Em dado momento, ao ver fracassar aquele romance, escreveu à ela:

“Descubro com melancolia que meu egoísmo não é tão grande assim, pois dei ao outro o poder de me magoar. Menininha, foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usá-lo.” (1943)

E eu daqui, de 2011, não consigo pensar em outra forma possível de usar tamanha doçura para dizer que algo está doendo dentro.

Não me resta mais nada a dizer.


5 comentários:

Magno Nunes disse...

Resta simmmmmmmmmmm....
VAMO PRO ROQUE!
Nem que seja o Santero!!!!

Felipe Teles disse...

Tem que haver uma certa liberdade de si pra que ele se apaixone por uma menina de 23, casada, francesa.
Tem que se permitir olhar de cima pra todas regras e controles de uma sociedade.
Com 43 anos ele tinha esse pensamento, acredito que antes.
Mas se apaixonar é mais forte que tempo de vida, que .. tudo.
E ele conseguiu expor só e todo o sentimento porque nada o prende.
Sei lá.
Eu li esse post 3 vezes e...
Como voce mesma disse.
Não resta mais nada a dizer...

Joey Marrie disse...

E então, de alguma forma, com essas palavras Saint-Exupéry me fez sorrir... rsrs

Talita Brasil disse...

eu li várias vezes procurando oq dizer!!! sem sucesso...

Felipe Teles disse...

Vejo esse post de formas diferentes cada vez que releio.