Houve um tempo em que eu queria genuinamente fazer algo relevante pela humanidade. Mas quando me deparo com essa doçura violenta que é a vida, o amor... resta-me pouco, resta-me nada a dizer.
Saint-Exupéry, autor do Pequeno Príncipe, enamorou-se certa vez, aos 43 anos, por uma menina de 23, casada, francesa.
Com tudo o que aquele amor tinha de inapropriado, lançou-se ele, com aquarelas e poesias, a conquistá-la. Em dado momento, ao ver fracassar aquele romance, escreveu à ela:
“Descubro com melancolia que meu egoísmo não é tão grande assim, pois dei ao outro o poder de me magoar. Menininha, foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usá-lo.” (1943)
E eu daqui, de 2011, não consigo pensar em outra forma possível de usar tamanha doçura para dizer que algo está doendo dentro.
Não me resta mais nada a dizer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Resta simmmmmmmmmmm....
VAMO PRO ROQUE!
Nem que seja o Santero!!!!
Tem que haver uma certa liberdade de si pra que ele se apaixone por uma menina de 23, casada, francesa.
Tem que se permitir olhar de cima pra todas regras e controles de uma sociedade.
Com 43 anos ele tinha esse pensamento, acredito que antes.
Mas se apaixonar é mais forte que tempo de vida, que .. tudo.
E ele conseguiu expor só e todo o sentimento porque nada o prende.
Sei lá.
Eu li esse post 3 vezes e...
Como voce mesma disse.
Não resta mais nada a dizer...
E então, de alguma forma, com essas palavras Saint-Exupéry me fez sorrir... rsrs
eu li várias vezes procurando oq dizer!!! sem sucesso...
Vejo esse post de formas diferentes cada vez que releio.
Postar um comentário