5 de outubro de 2011

Stillness

Nessa hora de almoço, como alguém que descobre o que é sagrado, percebi que poderia passar muito tempo... anos... apenas olhando a vida, sem viver, sem interferir.

Lançada ali
rija e frágil
quanto a árvore
ao lado repousada
ambas plantadas
no cimento cinza
morríamos um pouco
ao ver passar
as gentes
lentamente...

Rezávamos silenciosas
para um Deus
que nos mostrasse -
inevitável
e de um vigor
que não se ignora -
o que se vê
quando acordamos
para o céu
que há de ser
Verdade.

2 comentários:

Luis disse...

Algo a ver com Baudelaire?

Magno Nunes disse...

Ok, vou dar um boi pra vc...

Vou fazer da sua vida mais bacana!

Claro, com cócegas nos pés!