Agora é tarde.
Não há retorno.
Muito agora já te conheço
cientificamente
tuas palavras de predileção
as que te custam mais caro
as que não têm preço.
Sei das tuas mãos o tamanho
em relação às minhas
o que é teu lampejo
alegria
de teus furacões a força
e a mania.
Tenho em lembrança teu
grande medo
que em segredo
até de ti me contaste
teu pequeno grande orgulho
vestido de leãozinho
tuas chantagens emocionais
contigo mesmo.
Sei teus olhos em variados graus
de iluminação e sentimento
teu exílio, tua fome
as performances da fanfarrice
teus artigos principais.
Lamentos, regressos, progressos
listados na modorra
esperando os abismos
cantando presenças
em fila indiana.
Até eu sou fantasma
nessas minhas memórias
que desbotei a ponto de lá
parecer mais viva.
Sei tudo e não é preciso
saber por onde andas.
Qualquer coisa vai
fechando em si o cerco
da sapiência
o elo indissolúvel
por resistência
do teu orgulho.
É feia a ferida
e cheira mal.
Mas cura.
O elo, no entanto,
não sei se tem jeito.
Há de responder aos
sucessivos testes
do tempo.
4 comentários:
Inmetro nele!
Lindo, obrigado.
E por ver coisas além do que podia ver, por ultrapassar limites de percepção, te guardei em mim, mesmo que fosses sempre embora e, distante, não voltes mais!
Em qualquer lugar, em qu.......
Postar um comentário