“Esses dias me aconteceu uma coisa que até pensei em mandar pra você. É digna do seu blog.
Eu tava lá na Praça 14 Bis com um amigo meu e veio um cara, devia ser morador de rua, se oferecendo para engraxar meu sapato. Daí eu expliquei:
__ Mas querido, eu tô de tênis. Não dá.
E ele disse:
__ Não, dá sim! Vem cá! Coloca o pé aqui. – e abriu a caixinha, colocou meu pé em cima e sei lá o que é que ele ia fazer. Acho que ia escovar, limpar, inventar uma moda lá, sei lá. Mas eu tirei o pé e falei ‘não... vem cá... vamos conversar...’. Abri a carteira e disse ‘olha, me desculpa, eu só tenho três reais, pode ser?’. O sujeito aceitou e começou a falar e talz.
Eu, para cortar um pouco o assunto, disse ‘então tá bom, queridão’ e dei um abraço no cara para me despedir e encerrar a conversa. Ele se deu por satisfeito e respondeu:
__ Tá bom. Obrigado pelo abraço. – acenou e foi embora.
Ele não agradeceu pelo dinheiro. Ele agradeceu pelo abraço.”
6 comentários:
No mínimo ele pensou "coitado tá pEor que eu, vem cá q eu te dou um abraço"
Nao creio. O obrigado veio com um semblante de quem ha muito tempo nao recebia tanto.
Nao creio. O obrigado veio com um semblante de quem ha muito tempo nao recebia tanto.
Nao creio. O obrigado veio com um semblante de quem ha muito tempo nao recebia tanto.
Um abraço...
É muito.
É!
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