4 de julho de 2010

Da série: Óh céus, óh vida

Eu faminta (de fome mesmo, nada poético) saí de casa em busca do mercadinho. O mercadinho não estava aberto. Era domingo, mas era cedo. Não tão cedo para não estar aberto, nem tão pouco cedo para já ter fechado. Tudo bem. Na minha cidade mercados não abrem aos domingos. Fui até a padaria, que não aceita cartão de nenhuma espécie, e aproveitei pra perguntar pra balconista onde havia um restaurante.

_ Restaurante? Aqui não tem restaurante, não. – disse como quem filosófa, perscrutando sua memória em busca da lembrança do que era um restaurante.
_ Ah... não tem restaurante? Que legal...
_ Não. Perto não. Mas se você estiver de carro pode ir até perto do metrô, que tem um lugar que faz costeleta no bafo.
_ Humm...

Eu não estava de carro.

_ Uma costeleta no bafo ótima e, se eu não me engano, uma marmitéx é uns sete reais.

Que ótimo!!!! Uma costeleta no bafo bem referenciada!!!!
...Só que peixe com costela não rola. Prefiro os que não tem caixa torácica.

_ Humm... Bem, obrigada!

E saí perambulante, fatigada dessa vida de interior em cidade grande. É como ter o pior dos dois mundos. Num só.

3 comentários:

toada disse...

tem restaurante sim,do outro lado do metrô. O vegetariano. Eu ja até levei comida dele pra vc... :P

Magno Nunes disse...

Pra vc ver...

Se na sua terra tivesse palmeiras, onde canta o sabiá, vc podia cozinhar o sabiá!

Carne branca e talz...

FlamingLips disse...

Ah, vai Cá, do outro lado do metrô tem várias lanchonetes que eu já vi que tem...