_ Tenho algo pra te dizer. Eu não sou a pessoa que você pensa que eu sou.
Eles foram se encantando e se envolvendo. Depois, é claro, de alguns truques. Mas poucos. Ela, professora, se fazia passar por aluna. Entrava na sala de mochila e tomava notas, só para estar perto. O mestre compactuava, bem como a coordenadora. Funcionou, mas era chegada a hora de dizer a verdade:
_ Tenho algo pra te dizer. Eu... não... não sou a pessoa que você pensa que eu sou.
_ Ah... bom... Eu também tenho algo pra te dizer. Eu também não sou exatamente quem você pensa...
_ O quê? Como assim???
_ Não. Eu conto depois. Pode dizer o que você ia contar.
_ Não!!! Conta você agora! O quê foi?
_ É que eu... era noivo... até... bem pouco tempo.
_ Pouco tempo quanto?
_ Um mês... e pouco...
_ E ela sabe que vocês não são mais noivos?
_ Ela... sabe... mas...
E a conversa enveredou por rumos desconhecidos. O primeiro segredo, inaugural, teve que ficar para outro momento. Um de menos honestidade.
5 de junho de 2011
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3 comentários:
Nós não somos a pessoa que nós mesmos pensamos ser. Há sempre um "quê" escondido, se preparando para... BUUUUUUH, VOCÊ NÃO É QUEM PENSAVA SER!
E, assim, precisamos do outro para ir nos mostrando cantinhos secretos de nós mesmos. E o outro nos vai contando seus próprios segredos. Sinceridade. Talvez esperando em troca que nós mostremos a ele quem ele "é". Já que nenhum é quem o outro e o próprio eu pensava ser...
;D
Poooooooor favooooooooooor...pare agoraaaaaaaaaaa....
Senhooooooooor juiiiiiiiiiiiiiiiiiiz, pare agoooooooora....
Sempre gostei da Jovem Guarda... mo brasa, mora?
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