11 de setembro de 2011
Íntimo
Quando baixei o vestido até a metade, era tarde. O sol me acertava de viés. Você me olhou extasiado num átimo, depois dolorido. Cambaleou sutil, franziu o cenho e se apoiou na escrivaninha. Perguntei o que o afligia e respondeu-me de olhos fechados que nada. Apertou os dedos na têmpora esquerda e disse pausado, embebido da luz: “é que quero guardar essa imagem”.
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4 comentários:
Ah, meu caro moço, não precisa de esforço para que as imagens especialmente extasiantes se guardem na nossa memória, é que elas fazem isso por si só, são pior que tatuagem. E não adianta que, depois de um tempo passado, a gente queira por algum motivo apagá-las, nossa mente não é um HD que se possa formatar.
"Pq o homem só se torna homem quando consegue criar sua própria pornografia..." RIOS, Ronald
E foi assim
Não se trata de uma escolha.
Ele vai lembrar de cenas que não espera no momento que não espera por motivos que não espera.
Esse é só mais um ,só mais um mesmo.
O melhor deles, ou ainda, o melhor momento daquele segundo.
São as pequenas coisas, já dizia um personagem de uma série de televisão.
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