Nasci mulher. Calhou. Estou muito confortável.
Mas fosse homem, seria bom também.
É fácil ser um homem surpreendente entre tantos homens óbvios.
As mulheres, com freqüência bastante competitivas, tornam o elemento surpresa esperado. A perfeição é sine qua non. Depois dali é que vem o agrado, o plus. Ser mais que perfeita.
Para os homens sobra ser qualquer coisa um pouco menos óbvia. Digam pelo menos “construiria uma cabana de salgueiro às portas de sua casa e visitaria na casa a alma de minha vida”, mesmo que só hajam ipês amarelos no bairro. Digam.
É claro que há outra mulher, outra conquista logo mais. Mas sejam melhores, por honra, por amor próprio.
Agora, para as meninas, fica a minha dica pra 2015: quando fizer a sua unha você mesma, em casa, com a nenê pulando nas suas costas e tentando comer o pincelzinho rosa e, ao final, apesar de todo o esforço, seus dez dedos parecerem um rascunho de criança em vez da sagrada obra de Deus, como seria o esperado, keep calm. Pra você, que não nasceu com as unhas lixadas, sem cutículas, cujas cores não se renovam naturalmente na sequência do arco-íris, keep calm e passe uma base com brilho por cima.
O brilho refratário costuma suavizar a impressão de meleca.