3 de dezembro de 2008

...que já passou da hora.

É um incômodo sobremaneira, de modo que nem cabe em verbo algum.
É um quê que começou com um q, até que virou um quê inteiro, só pra me remoer o juízo.
E, como se não bastasse, ainda deu cria.
Daí virou vários, dando voltas na minha cabeça.
Pensei em princípio de matar todos eles. Com inseticida. Jogando a latinha.
Depois achei melhor esmagar com o chinelo mesmo, já que lata não é ecológica e tem também esse tipo de quê dando cria aqui dentro.
Mas eram muitos e eram tantos que não chegou providência.
Daí, quando assumi que remediado estava, caí.
Na insônia de não esvaziar nada, caí. Da cama pro chão. Do mar de rosas pro botão, que disse mal-querer-me nesta estação.
Um desenho de tudo e nada se fez em branco-e-preto na parede que eu mirava. Alvo das falhas, todas, projetadas.
E os quês ali, subindo, enquanto eu descia.
Era como se fossem balões inflando, nutridos das desventuras de uma deusa usando roupagens ridículas de humana.
Humana.
Por quê o retrato do humano é a solidez da sordidez?
...E os quês fazendo festa em todos os becos de clareza falta
Preenchendo os ocos de ecos
Soprando pro ar as convicções leves demais pra durar.
Ao final eu toda era um quê de desavença.
Bem-aventurança é dádiva dos excluídos do litígio.
No limbo, do enfado se (res)guardam os superiores de alma puritana.
Os desgastados ficam do lado de cá da mediocridade.
Contando quêzinhos antes de dormir...

2 comentários:

Magno Nunes disse...

Boa noite, durma com Deus e sonhe com os anjinhos.

BjoCá

Fabis Matrone disse...

Por quê o retrato do humano é a solidez da sordidez?


Tenho que pensar, mas gostei desse questionamento!

Te amo pequena com franja!