Era uma menina simples.
Tinha um cabelo simples, uns olhos simples, umas roupas simples. Era um ser-nada-demais que vestia um’alma simples.
O quê de rebuscamento ficava por conta do que diziam dela, do que faziam por ela, do que sentiam por ela. E era quanto e tanto que era lindo. E ela se sentia rica demais pra ser dona do mundo.
Amigos se penduravam na janela do seu quarto até de madrugada. E sono era o de menos quando a magia de uma companhia trazia tantos sorrisos que monotonia ou solidão não eram conhecidas.
Ela lembrava às almas companheiras que estavam sendo assaz complacentes com seus defeitos, que não merecia tamanha honra de tal carinho de tal natureza e que tais cuidados e carícias passaria a vida sabendo-se incapaz de merecer, justificar ou entender. Mas os amigos continuavam brotando como flores numa eterna primavera, enfeitando até o que não era terra, tornando a vida dela um jardim sem fim de cores, sabores, cheiros e delícias.
Era uma alegria quase insuportável que ela suportava a bem dos sorrisos próprios e alheios. Regava as flores como podia. E elas cresciam ao seu redor, indizíveis, incontáveis, indefiníveis...
21 de dezembro de 2008
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5 comentários:
Não esqueça as flores do fundo...
Elas estão morrendo...
Lembro-me de uma praia, uma menina angustiada, uma apaixonada e dois celulares vivos pela madrugada...
uma colorindo a vida da outra numa historia em capitulos com duendes, fadas e uma infinidade de elementais...que vontade de ler de novo aquelas mensagens...
A menina simples, dos cabelo simples, dos olhos simples, com roupas simples vai dizer, assim que amanhecer, que o sol esta perseguindo ela, e sabe por quê?
Por que um certo menino, da imaginação ávida, que há muito tempo desapareceu, não se sabe se pelo vento, pelo esquilo ou pelo sol, esta à procurar por aquela menina, querendo leva-la para junto dele.
http://crepusculoimaginario.blogspot.com/
Guardei a última dança para você.
Feliz natal!
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