28 de fevereiro de 2009

O risco

Ter ou ser algo ou alguém público é uma grande aventura.
Recebi um adorável comentário numa postagem feita há quase um ano atrás. Teve trechos censurados, por receio da autora de sofrer ações judiciais. Acompanhem:


Anônimo: Aff vai toma no ** essa por**, largue mao, nd a ve essa por**.
e ainda um monte de paga p** ali em cima puxando o saco, "Bj, cá" AFFFFFFFFFFFF VAI TOMA NO MEIO DO TEU C*** "CÁ" DE B*****.
VAO TD SE FU** BANDO DE V****

Hoje, menos de vinte e quatro horas depois...

Juno: Estava eu vagando pela net e vim parar aqui nesse blog meio que por acaso... Adorei. Parabéns.
Beijo!!

Agora entendo porque a Amy surtou.
Faz mais sentido do que nunca aquela falta de sentido.

26 de fevereiro de 2009

Mas não posso.

Eu gostaria de dizer que isso se trata de uma piada.
Eu gostaria muitíssimo de rir disso.
Eu realmente gostaria de dizer aos meus queridos leitores que fui eu que escrevi isso pra fazer uma graça.
Eu gostaria...

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25 de fevereiro de 2009

PU versus PRI(guiça de pensar)

_ Mas... este espaço não é público?
_ É. Mas é privado.
_ Ah... então não é público.
_ É. Mas é privado.
_ Logo... não é público.
_ É. Mas é privado.
_ É público, mas é privado?
_ É.
_ Isso significa que eu não posso fotografar aqui.
_ É.
_ Valeu.

“Foi uma análise profunda”, saí pensando.
“É público, mas é também privado. Ou seja, não é inteiramente nem um nem outro, já que uma coisa exclui a outra. Ou não exclui? Será que o que ele quis dizer é que é privado, mas é coletivo? Porque público remete à... Enfim.”
Filosófico.

23 de fevereiro de 2009

Confus.edness

When you're aprendendo otra lengua tu empiezas to think with this another one and almost olvidas tu lengua materna. Entonces all your thoughts cambia por lo menos too much, so you sabes que está really entendiendo los frames of this new manera de hablar, pensar and to express yourself.
Pero el unico problem is that is too much dificil volver a pensar en tu propia lengua.
So you abandónate.

22 de fevereiro de 2009

MeMe, si si

É um jogo e eu não sou muito boa com essas coisas. Na escola eu era aquela pra quem todo mundo tinha que explicar um milhão de vezes as regras do truco. Simplesmente a mecânica não era incorporada. Não era pra mim. Mas este convite pra brincar é irrecusável, até porquê é divertido.

Recebi um Meme da Táta, e isso quer dizer que tenho uma missão.
Tchã tchã tchã tchã tchã tchã...:


1. Dizer 9 coisas aleatórias a meu respeito, não importando a relevância.
2. Seis devem ser verdades, três, mentiras.
3. Quem receber o meme deverá postar nas suas respostas as três mentiras do blogueiro que repassou.
4. Quem indicou revela depois (ou não)!
5. Não há regras específicas para quantidade de blogueiros.

Minhas declarações:

1. Acho que Freud era um pervertido.
2. Escolhi jornalismo, mas poderia ter sido qualquer outro curso dentro de Comunicação Social.
3. Fiz terapia para superar uma grande decepção.
4. Não acredito em homens nem em horóscopo.
5. Ainda assisto Chavez.
6. Acredito nos ideais esquerdistas.
7. Considero que tenho muitos bons amigos.
8. Votei no Lula nas duas eleições.
9. Toques leves são interessantes.
10. Prefiro andar de pés no chão.

Já aviso que responderei depois o que é verdade e o que é mentira, senão que graça tem?

Sobre a Táta, creio que:

1) verdade
2) verdade
3) verdade
4) mentira (não, ela não errou de curso antes de acertar)
5) mentira (acho que beber socialmente rola)
6) verdade
7) verdade
8) verdade
9) mentira (bem, até onde eu sei não houve nem indicação ainda...)

Ficam obrigados a entrar na brincadeira:

O menino dourado
O amigo dourado
A amiga irmã
O mino cunhado

Os dados foram lançados!
Quem se arrisca?
Buena suerte!

19 de fevereiro de 2009

Extensão alhur

Se comunicação é comunhão
O quê se comunga
Quando um discurso é agressivo?
Se comunicação é comunhão
O quê se comparte
Quando o diálogo é impositivo?
Se comunicação é comunhão
O quê resta depois da violência verbal?
Se comunicação é comunhão
O quê acontece quando a gente
Cessa deliberadamente toda a palavra?
Se comunicação é comunhão
Por quê é que a gente só reparte o que vem de nós
E não atenta ao que vem dos outros?
Se comunicação é comunhão
O quê será de nós se não houver mais
O quê compartilhar no mundo?
Se comunicação é comunhão
Onde está no embate
O nosso coração?

18 de fevereiro de 2009

notas PontuaiS

Cheguei a pensar que nove da noite de uma terça-feira não era exatamente o que eu chamaria de um bom horário para cantar animadamente no karaokê. Mas contive meus pensamentos de vizinha mesquinha e aguardei, pacientemente, até às 10h.
Depois até às 11h.
Depois até meia-noite.
Depois não me lembro mais.
Acho que dormi embalada pela voz, digamos, um tanto inconstante de um senhor que, imaginando a cena, estaria com uma latinha de cerveja na mão e muitas outras aos pés.
Mas não cheguei a ter pesadelos com isso, embora tenha acordado no centro elíptico de um terremoto.
O chão tremia e o barulho era como mil vendavais ao mesmo tempo agora engolindo o meu quarto.
Abri a janela às seis da matina.
Ufa!
Era só meia dúzia de trabalhadores abrindo uma cratera onde acomodarão um novo condomínio.
Assim sim...
Voltei a dormir mais tranquila.

16 de fevereiro de 2009

FACULtativas

De volta ao diferente que permanece o mesmo sem ser igual ao que não era enquanto foi o que seria se fosse antes de não ser.
Aulas.

15 de fevereiro de 2009

Adoráveis

_ Bom dia! Tudo bom? Como foi o final de semana? Olha... as violetas estão lindas...
_ Eae.
__________________________
_ Puxa, será que você poderia me ajudar? Estou com uma dúvida aqui e acredito que você saiba algo a respeito...
_ É. Sei . Mas informação é poder. Vou guardar pra mim.
___________________________
_ É que estou procurando e não acho. Você se lembra onde colocou ou tem pelo menos uma pista? É muito importante...
_ Hum. Sei não. Vê aí óh.
__________________________
_ Será que você poderia me emprestar um minuto? Já te devolvo.
_ Não.
__________________________
_ Você viu a tragédia? Um milhão de pessoas morreram e um milhão está em coma.
_ Né.
__________________________
_ Er... você... está... pisando no meu pé.
_ Ah... mals ae.
__________________________
_ Feliz Ano Novo!
_ Uhum. Vamos comemorar mais um ano de translação da Terra.

13 de fevereiro de 2009

Um verb ete

a.mor (ô) sm 1 Forte inclinação por pessoa de outro sexo. 2 Afeição, grande amizade. 3 Fig. Coisa ou pessoa bonita. A. à primeira vista: amor ao primeiro encontro.
Fazer a. : ter relações sexuais.

Chegaram a considerar que fosse coisa de dicionário antigo (década de 90)...

Pesquisa realizada pelas Fundações Perseu Abramo e pela alemã Rosa Luxemburg Stiftung revelou que 99% da população brasileira têm preconceito em relação aos homossexuais.
A pesquisa fez um levantamento do preconceito apurando aqueles que são assumidamente preconceituosos, aqueles que disfarçam seu preconceito e uma categoria denominada “outros”. Dos entrevistados, 16% afirmaram ter forte preconceito, considerando os homossexuais “doentes”, “safados” ou “sem caráter”. Os pesquisados que disfarçam seu preconceito, a princípio negaram esse sentimento, mas ao longo de uma hora de entrevistas fizeram afirmações homofóbicas.

...Mas não creio que só o dicionário novo traga uma nova conjugação para esse tipo de medo.

10 de fevereiro de 2009

Da série - Diálogos Poéticos - observações flutuantes

_ Meu coração tá batucando dentro do meu peito, tá que nem uma escola de samba aqui no meio já, e isso não é exagero.
_ Ah... não é exagero?
_ Não. Não existe exagero. O único exagero que existe é a palavra "exagero". Óh: um "x" e um "g" numa palavra só. Exagero. É um exagero mesmo! Nem a "morte" é uma palavra tão pesada. Um "m", um "r", um "t"... Sabe qual a palavra mais leve que existe?
_ Não.
_ "Nós", porque parece que sai voando da boca da gente.
_ Pensei que fosse "asa". Essa sim sai voando.
_ Não, não. Bem... até pode ser. Só que no "nós" cabe um montão de gente e mesmo assim sai voando de tão leve.

_ Hmmm...

9 de fevereiro de 2009

7 de fevereiro de 2009

Abstêmia. Do mundo.

4 de fevereiro de 2009

Gestão da mente não-sustentável

Pensamentos são desenhos do mundo que estão dentro do desenho dos neurônios.
E como desenhar alguma coisa que não se conhece e não se quer conhecer?
A ignorância é dádiva. Mas o quê ganham os que optam por ela?

3 de fevereiro de 2009

Da série - Diálogos poéticos



_ Vem pra esse lado. Mulher tem que andar do lado de dentro da calçada.
_ Não quero.
_ Sim. Quer sim. Vem.
_ Não. Por quê eu tenho que ir?
_ Porque se acontecer alguma coisa, acontece comigo, não com você. É pra te proteger.
_ Se acontecesse alguma coisa comigo você ia ficar triste. Mas se acontecesse alguma coisa com você eu ia ficar triste do mesmo jeito. A mesma importância que eu tenho você tem. Se vc não estiver bem eu também não vou estar. Nossa vida tem o mesmo valor. Então, por quê eu não posso ficar deste lado e você pode?
_ ...

1 de fevereiro de 2009

Da série - Diário de bordo - Vivendo perigosamente, parte IV

Na Amazônia ninguém usa terno e gravata. Por isso os noivos estavam vestidos muito simplesmente. Mas não só por isso. É que a noiva não sabia que ia se casar.

Foi dentro da Universidade Federal Rural da Amazônia. Mais precisamente, dentro do acampamento estudantil gospel.
Entre uma performance artística e outra, entre uma batucada e outra, entre sorrisos e bênçãos, tererês e tacacás, alguém chamou o casal.

Ela, de saia e bata, tapou o rosto de sorriso e vergonha.

"...Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transpor montes, se não tiver amor, nada serei..."

Ao som de flautas indígenas, velas, incensos e mata, ele disse:

_ Nós tínhamos planejado esse casamento há seis meses atrás. Mas cancelamos por causa do fórum. Eu não podia deixar de me casar com ela. E vou casar com fórum e tudo. Porque ela é a mulher da minha vida.
_ Há seis meses atrás a gente teve uma briga e pensou que fosse se deixar. Daí eu liguei pra ele e disse pra ele pegar o calendário e anotar, no dia 31 de janeiro, "vou me casar com ela neste dia". E eu... sou eternamente apaixonada por ele.

Todos oraram, sorriram e se serviram de um banquete de frutas tropicais, além de um bolo de cupuaçu.
Ela jogou um buquê de galhos secos pro alto.
...E foram felizes.