_ Vem pra esse lado. Mulher tem que andar do lado de dentro da calçada.
_ Não quero.
_ Sim. Quer sim. Vem.
_ Não. Por quê eu tenho que ir?
_ Porque se acontecer alguma coisa, acontece comigo, não com você. É pra te proteger.
_ Se acontecesse alguma coisa comigo você ia ficar triste. Mas se acontecesse alguma coisa com você eu ia ficar triste do mesmo jeito. A mesma importância que eu tenho você tem. Se vc não estiver bem eu também não vou estar. Nossa vida tem o mesmo valor. Então, por quê eu não posso ficar deste lado e você pode?
_ ...
_ Não quero.
_ Sim. Quer sim. Vem.
_ Não. Por quê eu tenho que ir?
_ Porque se acontecer alguma coisa, acontece comigo, não com você. É pra te proteger.
_ Se acontecesse alguma coisa comigo você ia ficar triste. Mas se acontecesse alguma coisa com você eu ia ficar triste do mesmo jeito. A mesma importância que eu tenho você tem. Se vc não estiver bem eu também não vou estar. Nossa vida tem o mesmo valor. Então, por quê eu não posso ficar deste lado e você pode?
_ ...
10 comentários:
Por quê recordar é viver..
"A Ciranda
Sentei-me na calçada.
Esperei você chegar, mas você não vinha.
Todos já estavam brincando na ciranda, menos eu, ainda tinha esperança de que chegasse.
A roda era grande, tomava a rua inteira. Nela estavam meus amores, meus amigos, meus sonhos e meus medos. Todos de mãos dadas, cantando uma música compassada com os pés, que iam pra frente e para trás.
As pessoas ali, rodavam e rodavam, cada vez mais rápido e sem sair do compasso.
O sol beijava meus olhos, e me impedia de olhar no horizonte. Eu esperava que em meio há toda essa luminosidade a sombra do teu corpo aparecesse contra a luz do sol, estendesse a mão e me chamasse para a roda, mas nada aconteceu.
A música que era cantada, cada vez mais ganhava intensidade e personalidade. Meus pés contribuíam para o ritmo da música batendo contra o chão da calçada, denunciando também a minha ansiedade pela sua espera.
O vento vinha contra os cabelos dos meus amores e amigos, sonhos e medos... A roda ficava cada vez mais alegre e a canção mais intensa e mais cheia de personalidade do que antes.
O ritmo se apertava cada vez mais, e a roda ganhava velocidade, todos sorriam, e eu aqui, sentado na calçada olhando pra lugar algum, esperando você crescer no horizonte e aparecer em minha rua, para comigo dançar.
Quem estava na roda, ia tão rápido, mas tão rápido, que as mãos suavam. As mãos iam escorregando, escorregando, escorregando, até que todos largaram uns das mãos dos outros e voaram contra o chão rindo e sorrindo muito. Cada um se levantou e foi embora.
A tarde estava se despedindo. Uma imensidão de cores estava surgindo com o os raios do sol indo embora.
Eu já havia perdido a esperança de que chegasse.
Cabisbaixo, com a cabeça guardada entre meus braços, que apoiados em meu joelho, criavam uma fortaleza, que impedia que quem passasse me visse chorando.
Senti sua mão sobre meu cabelo, olhei para cima, com as lágrimas ainda escorrendo minha face, vi teu sorriso, foi como jogar toda minha ansiedade e tristeza num redemoinho de felicidade.
Sua mão escorreu minha face e limpou a cachoeira que saia de meu interior pro teu litoral.
Levantei-me. Demos as mãos. E começamos a rodar. Na roda só eu e você.
Nossos passos em perfeita sincronia se moviam, eu ouvia teu coração bater, via os teus cabelos voarem de encontro com o vento e sentia teu perfume nos envolver.
Rodava-mos e rodava-mos. Eu estava feliz.
Não havia canção, e nem precisara, seus olhos negros encontrando com os meus haviam se tornado a nossa canção.
E nós rodava-mos, rodava-mos e rodava-mos.
Nossos pés pareciam flutuar sobre o chão, enquanto a noite chegava aos céus.
A lua brilhava contra nós, e as estrelas adornavam o céu, que aplaudiam nossa brincadeira de roda.
Você me abraçou, em meio a brincadeira. Lhe abracei fortemente, você estava nos meus braços, ao menos foi isso que pensei naquele momento.Pois quando meus braços afrouxavam-se, percebi que você continuava a estar abraçada a mim, mais forte do que antes... Pasmei em perceber que era eu quem estava em teus braços, e encantei-me em perceber quanto meu universo cabia em teus braços.
Mais um dia em tua companhia e eu esqueço de voltar pro mundo em que vivo."
anda em fila indiana!
Fui pêgo...
(Sai dessa agora malandro!!)
BjoCá
Má (Pulaaaando...Pulaaaando...)
Cumplicidade poética é assim: um verso não sobrevive sem o outro, mas as poesias se completam!
...Por que estou demonstrando meu carinho por você. E ao invés de vc aceitar a gentileza, você fica discutindo!rs
Vem pro lado de dentro da calçada já!rs
Eu preciso da minha amiga!
Vai segunda para a facú?
Ouvi um caso aprecido semana passada.
Estávamos andando na calçada, eu do lado de fora. Percebi que ele estava um pouco incomodado, mas ok. De repente, ele salta para o lado de fora, me puxa para dentro e, antes que eu pudesse expressar alguma opinião, ele já foi se justificando, falando que mamãe ensinou assim e que todo homem tem que cuidar da mulher que estiver com ele, e que mulher não pode andar do lado de fora, e que ele não tava nem aí se eu concordava com isso ou não etc etc etc.
Apenas ouvi. E concordei. Achei melhor não contrariar.
Pq, como o homem é mais bruto (não estou falando que mulheres são "sexo frágil"), ele pode aguentar melhor o impacto de um carro em seu corpo do que a mulher...é simples =]
mas pode acontecer tbm de um carro vir perpendicularmente e acertar os dois...aí não serviu de nada o lado da calçada =]
ótimo. agora tenho uma justificativa pra dar qndo ele faz isso. x)
ótimo blog Cá!
Postar um comentário