30 de março de 2010
Faz sentido, mas por pouco.
_ Camila Caringela! Como você tá?
_ Bem! Que saudade, querido!
_ É mesmo! Faz tempo que a gente não conversa!
_ E como tá lá na NGTal, a TV onde cê tá trabalhando?
_ Ah... eu saí de lá.
_ É mesmo? Por quê?
_ Porque não tinha a menor condição de trabalhar.
_ Como assim?
_ Óh, primeiro que eu não recebia nada pra estar lá. Mas fiquei dois meses sem um cartucho de tinta na impressora. Outro dia fui fazer uma externa e me liberaram o carro sem gasolina. Esses dias mesmo, ligou uma mulher lá na emissora e perguntou se a gente não assistia a nossa própria TV. Perguntei porque e ela respondeu: “Pô, cês não tão vendo que é a terceira vez que cês repetem o mesmo bloco do programa?”. Fiquei sem reação. Fui conversar com o técnico e perguntei o que é que ele fazia antes de ir trabalhar lá. Ele me respondeu que era auxiliar de escritório e que só tava lá porque ensinaram pra ele como apertar um único botão, caso a TV desse pau. Aí colocaram uma híbrida lá no programa que eu produzia. Pensei, nossa, que legal! Vamos entrar com o expectador por telefone. Massa! Mas o programa é ao vivo e, na hora, a híbrida não funcionou. Claro! Ninguém testou o negócio antes do programa entrar no ar. Mas a gota foi quando, faltando sete minutos pro programa entrar no ar, a galera decidiu fazer a abertura do heliporto. Eu disse que não ia fazer no improviso e eles disseram: “Mas que raio de jornalista é você? Se cair um avião você tem que ir lá cobrir!” e eu respondi: “É, né, filhão! Mas se cair um avião! Se vocês forem lá só pra bagunçar eu vou embora.”
_ E eles foram???
_ Foram.
_ E você?
_ Fui embora.
_ Quanto tempo você ficou lá mesmo?
_ Dois meses.
_ Bastante, hein?!
_ É...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Pois é.. estou a ... 6 meses em algo .parecido....
veremos...
To esperando o Helicoptero..
Mas ele esqueceu de dizer que conheceu o Jacaré!
Eu ficaria satisfeito e pediria o boné! hehehe Me contento com pouco...ahahaha
Nossa! Será que tenho direitos autorais sobre isso? Hehe parabéns. Bela narrativa. Mas, eu esperava uma moral da história, um conselho "a la Caringe". E olha que seria bem vindo. Fiquei curioso em saber qual seria a pitada caringe nesse post.
Postar um comentário