6 de janeiro de 2009

Não mais que isso


Se as palavras pudessem criar vida e sair do papel toda vez que alguém as lesse, gostaria que as minhas palavras criassem pernas e corpinho, que fossem brilhantes e tivessem voz sedutora. E que possuíssem olhos. Grandes olhos que iluminassem como faróis cada cantinho escuro da alma do leitor. Mas que não tivessem mãos. E, não tendo mãos, que não tivessem braços e sim asas, para que não pudessem se apegar ao mundo e suas amenidades costumeiras, e seguissem voando e encantando mentes e corações feridos, transformando conhecimentos obsoletos em paixões. E que pudessem desaparecer deixando um rastro de poeira cósmica e saudades toda vez que um alguém fechasse um livro.

Gostaria que o efeito da presença de minhas palavras fosse eterno, mas que a presença em si fosse rápida, preciosa, transparente, para que as pessoas prestassem atenção, simplesmente porque sentem que aquilo é especial, ainda que seja comum.
Minhas palavras seriam cantoras, intérpretes, dançarinas, instrumentistas e, acima de tudo, seriam sorridentes.
Serezinhos coloridos que soubessem fazer pão, cortar cabelos e revolucionar o sistema latifundiário do país.
Palavras que durassem para sempre, mas não mais que 15 segundos.
...Que fossem eternamente breves, brevemente eternas...

8 comentários:

Magno Nunes disse...

Algumas são inesquecíveis...
Como missivas que não recebo mais...

BjoCá
Má (Com dor no braço direito!)

Anônimo disse...

que tolinha...
fazendo um conto de fadas pra desvrever de maneira inteligente o que todos os leitores já sentem...

que tolinha...

ou será...espertinha????
hummm...
pas pour moi...

Emanuel disse...

Muito bonito, ah, queria usar o espaço pra agradecer ao lápis, já que sei que ele sempre passa aqui... Pelo comentário, logo faço um agradecimento apropriado, ou não, o que o destino permitir, e, obrigado Bela, só tente não ver mais do que o escrito, lá está sua resposta, mas estranhei você colocar que eu faço o bem só no natal, aonde eu escrevi isso? Leia e espero mais perguntas. Que seja iluminada.

Amanda Proetti disse...

Será que tens a real dimensão do que podem suas palavras?! Posso dizer por mim... o alvo foi atingido!
Bjosss

Anônimo disse...

Não se preocupe.

As suas palavras alcançam pessoas dos mais distantes lugares, as we could see.

Fique tranquila. Esse é um pouco de feed back que estamos garantindo a você.

Emanuel, não precisa agradecer nada. Estamos no mesmo aprendizado e se o destino permitir, que conversemos mais :)

Logo eu vo deixar um comentário no seu ultimo post. Mexeu muito comigo e queria partilhar umas coisas contigo.

Anônimo disse...

Sou amante das palavras, pena que elas não são as minhas.
Em tudo o que disse me veio em mente um turbilhão de palavras, mas que se calam, todas elas, quando eu lembro apenas de um momento.
E em meio a tudo, uma única canção:

"Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras momentos
Palavras, palavras
Palavras, palavras
Palavras ao vento "

Emanuel disse...

Oi Bela, hoje escrevi mais um pouco de mim, vai gostar, escrevi mal de mim, o meu "Dark Side" que eu enfrento a cada momento. E, sim, como eu não esperava estou falando mais de mim do que inicialmente queria, sobre o que senti, foi como algo incomodo, quis deixar claro a situação, eu não diria que doeu, mas não vejo uma palavra melhor, então, sim, doeu... Mas eu pedi por isso, estou aprendendo mais com vocês, muito bom ter você por lá. Sobre verdades absolutas, amanhã coloco algo sobre isso, vai gostar.

Joey Marrie disse...

Palavras... mais precisamente as tuas palavras, menina, tem um poder sem dimensão.
Repito o que a Amanda disse, no tocante a mim o alvo foi atingido. Foram as tuas palavras que me trouxeram até aqui, foram as tuas palavras que me encantaram numa tarde de sábado e foram as tuas palavras que me levaram a ficar lendo, e lendo... e lendo... e me encantando cada vez mais. Foram elas que me levaram até você. Foram as palavras que me fizeram apostar em uma amizade que, como você mesma disse, podia não dar em nada, afinal, nenhuma de nós tinha nada a perder e nem sabiamos se tinhamos a ganhar. E eu ganhei... ganhei uma amiga, uma irmã, uma irmiga como eu nunca tinha sequer sonhado em encontrar nesse mundo virtual de meu Deus, um mundo de ifinitas possibilidades!
E eu te encontrei e quis conhecer a pessoa por trás das palavras, eu apostei e foi uma das apostas mais felizes da minha vida. Afinal, quem foi que um dia abriu mão de seu sol particular só para iluminar os meus dias nublados? Pra provocar o meu sorriso master?
Menina, hoje quando alguém olha uma foto tua, eu tenho um orgulho danado de dizer: "É a minha IRMÃ!"
Obrigada sempre, sempre, sempre, por tudo!