30 de novembro de 2008

Geração saudosista

Um primo de oito anos e uma tarde de domingo.

_ Sua estante tá cheia...
_ Sim.
_ Olha... Que isso?
_ É uma ampulheta.
_ Posso ver?
_ Pode.
_ Posso pegar na minha mão?
_ Pode.
_ Pra quê serve?
_ Pra marcar o tempo.
_ Posso pegar pra mim?
_ Não.
_ Aonde você comprou?
_ Eu não comprei. Eu ganhei de presente.
_ Ah... Mas você sabe onde vende?
_ Até sei. Por quê?
_ Quando você encontrar vendendo, compra uma dessa pra mim? É que eu tô precisando...
_ Você? Tá precisando de uma ampulheta?
_ Aham!

Que coisa, não?

27 de novembro de 2008

Humor congressista

_ Do you speak english?
_ Yes.
_ Ah… eu não… Era só pra saber...

J.S., 16 anos

25 de novembro de 2008

MetA(própria)ção


24 de novembro de 2008

Notícias de mim

Ao lado do Barra Shopping, na Barra(!), existe um concorrente chamado New York. Na entrada tem uma linda escultura... A Estátua da Liberdade. A mesma imposição em miniatura (quando comparada à original). A boa notícia é que o taxista me explicou que já houve muitas manifestações para que o shopping não tivesse esse nome, muito menos que ostentasse tal ostentação. A má notícia é que ele existe há cerca de 10 anos.

Ouvi dizer que o tempo no Rio de Janeiro está tão ruim quanto em São Paulo. Não posso confirmar. Só sei que no Rio está bem ruim.

City Tour no Rio é ver cenário de novela ao vivo. Barra, Ipanema, Copacabana, Leblon. Engenho de Dentro, Antures e Rocinha ficam só nos noticiários.

No quarto do hotel tem um rádio-relógio impossível de ser domado. E ele projeta no teto uma luz vermelha no formato de uma cruz estranha, quando as luzes estão apagadas. Lembra o símbolo dos fingermen (informe-se: V de Vingança).

Ter franja é legal. Rian veio me dizer que pareço ser do país dele. Tailândia.

_ No, no, thanks. I’m brazilian.
_ It doesn’t seem.
_ Brazilians have a lot of faces. We never seem to us.

Sugeriram também que eu fosse espanhola, japonesa... Estou analisando as sugestões ainda.

22 de novembro de 2008

Brokenfast

_ Fulana, você vai tomar café-da-manhã agora?
_ Uhum...
_ Quer pão? Mas é de ontem. Você come pão de ontem?
_ Ah... tudo bem... Tem outra coisa?
_ Tem: pão de anteontem.

Rárá!
Bem humorada essa pessoa...

_ O pão de ontem tá legal. Vai esse mesmo... Dá pra colocar no microondas?


Adoooro essas piadinhas matinais.
Sério mesmo!

21 de novembro de 2008

A sério demais

Do orkut

Today's fortune: Study as if you were to live forever. Live as if you were to die tomorrow.

PODERES CÓSMICOS E FENOMENAIS!!! ...dentro de uma lampadazinha...

20 de novembro de 2008

(in)justificativas

No último dia de prova argumentei com um amigo que não é só porque uma pessoa faz Iniciação Científica que ela é nerd. Isso não significa nada...

[pause na cena]

No feriado eu não podia descansar, porque tinha uma monografia para terminar. Mas, pelo menos, não precisaria acordar cedo. Pra relaxar decidir ler. Uma leiturinha teórica, só pra desestressar.
“Dicionário do pensamento social do século XX”

[play]

...Bem... talvez existam outros motivos... Mas não só por causa disso!!!

19 de novembro de 2008

ZZZZzzzzZZZzzz.....

Faz tempo que meu dia não termina.
Quando eu era pequena, o dia terminava todos os dias. Era só dormir que o mundo esperava eu acordar pra continuar girando. Agora não.
Você, querido leitor, pode até ter sentido falta de mim nesses últimos 3 dias. Mas essa sensação é falsa. O dia marcado aqui acima e logo abaixo, nas outras postagens, é uma mentira.
O dia nunca acaba. Ele só escurece. Não faz 3 dias que não escrevo. Faz só um tempo.
Por isso é que eu digo que as ampulhetas são mais úteis. Elas são mais exatas! Essa história de dividir o tempo, certinho, em horas, minutos, segundos, quebra nossa percepção da continuidade.
A gente tem que almoçar quando está na hora (não quando sente fome de verdade), tem que acordar quando está na hora, tem que sair e voltar na hora, tem que chegar na hora... Tem que dormir quando o dia acaba...
Mas é tudo um dia só, que escurece e depois clareia, que muda pra gente não enjoar...
...

..
.
(ronco)

16 de novembro de 2008

Condão dos autóctones

Nada(,) que me sobra(,) falta(!)
Nada que defina(-me) é preci(o)so(!)
À parte isso, (por quê não?) tenho (em mim)
todas as palavras do mundo (sob) aos meus (devaneios) pés.
Concretudes do etéreo-demais pra caber no paradi(gma)so (perduto).(..)

15 de novembro de 2008

Vergonha alheia

Eu tenho muita vergonha desses programas que ajudam uma pessoa a se declarar pra outra em troca de audiência. Sabe... é o tipo de coisa que se faz só pra pessoa, não interessa ao resto do mundo. Chatão isso...
Tava assistindo TV e vi uns casos lá.
Mó saia justa. Não tem como.

Teve uma menina que se declarou pro professor da academia. O cara até beijou ela, mas tive a nítida sensação de que era só para não decepcionar os expectadores e, mais ainda, a apresentadora, uma loiraça que tinha ido até lá só por causa dele...

Também teve o caso de um cara que tentou se reaproximar da ex-namorada. Resultado:

_ Não quero aparecer na TV! Sai daqui! Me deixa em paz! Ele é um louco! Fala pra ele parar de me perseguir! Não aguento mais! Não quero ver ele de novo nunca mais!!!!

E os bem sucedidos...

_ Eu tô aqui pra dizer que te amo, que você é o homem da minha vida e que eu desejo passar o resto da minha vida do seu lado, porque eu te amo muito...
_ Obrigado.

Apresentadora:

_ Isso é o amor!!!

Isso é o amor?
Não, obrigada... Tô legal, valeu.

14 de novembro de 2008

Reflexão Profunda, n. 432.890 - 6x

"O conflito no Congo já levou cerca de 250 mil pessoas a deslocarem-se para procurar abrigos, sendo que na região oriental do país, os campos de refugiados já não conseguem responder à procura, noticia a SIC.
As estimativas apontam para cerca de 70 mil refugiados doentes e 100 mil sem qualquer assistência. Nos campos faltam medicamentos, água potável e a cólera é uma ameaça permanente." (
new)

Mas como diz o grande pensador do for all music, Beto Barbosa, “SER FELIZ, É UMA OPÇÃO”.
É isso aí!

13 de novembro de 2008

Frases (a)típicas que os homens dizem imediatamente antes de perder uma mulher

_ Você não quer saber de mim?
_ Não, eu não me importo.
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_ Eu vou te levar num lugar muito importante pra mim...

(Motel em região desabitada de Itaquera)
_____________________________________________
_ Você é a mulher da minha vida, juro! Eu sempre sonhei que a mulher da minha vida teria canela grossa!

_____________________________________________
_ Você só ficou comigo porquê eu te dava coisas!
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_ Se você não ficar comigo tudo bem! É porquê eu não fui bom o bastante...

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_ Ah, me poupa! Eu tenho padrão estético!

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_ Ah... não importa que você disse não. Com mulher tem que ser assim!
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_ Mas o que você fez? Que horas você foi? Que horas você voltou? Quem tava lá?

11 de novembro de 2008

Histerias Urbanas (amenas)

_ Compra um ae mano? Não quer fumar?
_ Não, obrigado.
_ Então me dá dinheiro.
_ Não vou dar nenhum centavo.
_ Eu tô armado.
_ Legal, deixa eu ver.
_ Me dá seu celular!
_ Já disse que não vou dar nada.
_ O negão vai te furar.
_ ...

De acordo com o relato da vítima, um dos acusados puxou o celular do bolso.

_ O quê você tem no outro bolso?
_ É... ... Nada?
_ Pega o bilhete único dele!
_ Eu vou chamar a polícia.
_ Vamo embora negão!

É isso que eu chamo de uma experiência comunicativa interpessoal com baixo nível de trocas informativas de teor emocional...

9 de novembro de 2008

Por isso é que eu digo que gosto da lógica

Era um político criticando a atitude do outro em deixar de castigo servidores públicos que não concordavam com suas posturas, de maneira que eles (os servidores) passavam os dias a cumprir inteiramente a jornada de trabalho sentados no pátio da repartição, olhando a paisagem.
E o olhar hiper sagaz do crítico iluminou a questão:

_ Bem, esse é um ato inaceitável, primitivo E não-civilizado.

Grata. Isso quer dizer que sou gente E não sou bicho, que sou racional E não sou burra.
Uhul!

8 de novembro de 2008

Exercício narrativo (alternativo)

É o seguinte: o sol tava lá no céu, no rolê da noite, aproveitando a folga, mas aí voltou e os raios dele entraram bem com pé no peito, no mó invasão do quarto, sabe? Ninguém perguntou se podia, só que ele foi lá e pãnz e fez. A noite saiu de cena, foi puxar um ronco noutro canto, sussa, não tava mais a fim de esconder ninguém na sombra.
E o cara tava ali, mas não podia mais, tava osso
.
Daí ele levantou assim... pá... pegou o casaco... foi procurar o negócio que ele largou num lugar que não lembrava aonde. Olhou, olhou, mas não viu não.
Sentiu um coiso estranho no corpitcho, de frio ou medo, sei lá. O mundo todin, assim, de repente, era demais pr'um cara assim, um lixo. Mó treta.
Largou tudo no chão mesmo. E percebeu que tava úmido e frio fora do casaco. O corpitcho tremeu de novo. Sentiu o futun dela. Deu risada.
Daí que não podia mais esperar e ficou doido!
Riu de novo. Foi correndo pelado pela casa até o banheiro, de pé no chão, fazendo barulho. Abriu o chuveiro. A água ajudou a relaxar. Ficou ali, curtindo aquilo, sabe? Com a água na cara, quase engolindo e cuspindo de novo como se fosse baba, com coração empolgado, fazendo ziriguidun no peito magrelo.
Saiu fazendo mó zueira, molhando tudo, um lixo. O ó do borogodó, escorregando, segurando pelas paredes, quase caindo, na correria.
Abriu o guarda-roupa e viu que não tinha quase nada. Que lixo! Encontrou qualquer coisa que lembrava uma camisa, uma calça e foi aquilo mesmo. Colocou o sapato enxulezado.
Pensou no carro, daí se lembrou de uma piada e não pensou mais.
Catou as chaves. A do carro foi pro bolso e a de casa usou pra fechar a porta e enterrou no vazinho de fora, como se não fosse um lixo de esconderijo pra chave do ap.
Desceu fazendo pensamento positivo pro elevador ir logo.
Daí chegou lá embaixo e pá, deu oi pro zelador num desengonço só e se foi.

7 de novembro de 2008

Exercício narrativo

Os primeiros raios atravessam a janela e invadem o quarto. Ninguém perguntou se o dia podia amanhecer, mas aconteceu sem que alguém fizesse algo para impedir. A proteção da noite já se fora. Ele não podia permanecer ali.
Levantou-se. Envolveu-se num casaco qualquer e caminhou procurando o que havia perdido. Olhou em todas as direções e não encontrou nenhum vestígio.
Sentiu um arrepio de frio ou de medo. O mundo inteiro para si, de repente, o pareceu grande demais. Largou o casaco vagarosamente deixando-o cair no chão empoeirado. Sentiu a umidade, a temperatura. O corpo tremeu mais. Não de medo ou de frio. Sentiu o cheiro dela. Sorriu.
Agora que sabia, não podia mais esperar nem um segundo.
Riu alto. Correu para o banheiro fazendo barulho com os pés descalços. Abriu o chuveiro. A água quente confortou os músculos contraídos. Permaneceu ali por alguns minutos, com a água escorrendo, o rosto feliz, o coração batendo rápido.
Saiu molhando o chão de todo o lugar, escorregando, segurando pelas paredes, andando rápido de um canto pra outro.
Abriu o guarda-roupa semivazio, com aspecto de abandono. Encontrou uma camisa qualquer, uma calça qualquer e decidiu que serviria. Recolocou os mesmos sapatos.
Pensou no carro, mas se lembrou de tudo rapidamente.
Pegou as chaves. As do carro colocou no bolso. As do apartamento usou para trancar a porta quando saiu e as colocou no lugar super secreto de sempre: enterrado no vaso de flores ao lado do elevador.
Desceu fazendo pensamento positivo para que o elevador passasse milagrosamente mais rápido pelos treze andares restantes.
Chegou, enfim.
Cumprimentou o zelador do prédio desajeitadamente e seguiu seu passo firme.

6 de novembro de 2008

Imprescindível


5 de novembro de 2008

Dificuldades geográficas

É triste quando você tem uma amiga que conheceu no Brasil, com quem trabalhou e criou laços, e ela tem que voltar pra casa dela...
Na Itália.

4 de novembro de 2008

Auto-explicativo

Relatório de atividades do Grupo:

A.F. – Auxiliou criativamente na elaboração do layout, enquete e logo. Executou três pautas.

Camila Caringe – Auxiliou criativamente e graficamente na elaboração do layout, criou elementos que o compuseram (botões, marcações das editorias, agenda, enquete), padronizou as páginas, inseriu imagens e links, diagramou as próprias matérias e de companheiros, formatou as matérias do grupo e o presente relatório, além de desenvolver o escopo do projeto. Escreveu os textos e diagramou as páginas dos quatro links do menu horizontal. Executou duas pautas.

F. M. – Auxiliou criativamente na elaboração do layout, enquete e logo. Executou três pautas.

G. T. – Auxiliou criativamente na elaboração do layout, enquete e logo. Executou duas pautas.

L. V. – Auxiliou criativamente na elaboração do layout, enquete e logo, diagramou suas próprias matérias. Executou duas pautas.

M. N. – Auxiliou criativamente na elaboração do layout, enquete e logo, diagramou suas próprias matérias. Desenvolveu o texto para o link 'Agenda'. Executou duas pautas (com fotos próprias).

R. B. – Auxiliou criativamente na elaboração do layout, enquete e logo, diagramou suas próprias matérias. Executou duas pautas.

V. B. – Auxiliou criativamente na elaboração do layout e enquete, desenvolveu desenho e conceito do logo, diagramou suas próprias páginas. Executou duas pautas.

2 de novembro de 2008

Tipicalidades do findi

Estava eu trocando a roupinha do meu Buddy Poke (isso é muito importante, senão todo mundo vai pensar que eu só tenho aquela roupa!) quando de repente...

_ Eu nem me lembo maaaiiis...

Fazia um tempo já que meu vizinho não se apresentava para nós, da comunidade, em seu inevitável karaokê.

_ Ficam uuuu... lembo maaaiiis...

Mas dessa vez foi especial. Era um dueto!

_ Quanto tempo, eu já nem seeeiii... cando... ondi... que vaaai!

E, provavelmente, a criatura que não era ele não devia ter muito mais do que uns 3 anos...

_ Eu nem me lembo maaais... eu nem me lembo maaaiis... eu nem me lembo maaaiis...

1 de novembro de 2008

! ! !