Estamos sozinhos. Ele e eu. Eu numa ponta da sala comprida. Ele na outra. Ponta. E ponto.
Silêncio de vozes presenciais. Vozes somente dos meios. Outros, que não nossa fala muda. Barulho apenas de quem não está. Para quem compartilha, nada. Vazio e silêncio e pronto. De pronto, qualquer rascunho humano de nós ecoa.
Diferente é só o que de mim sobra quando olho o resto do ser que não é, não sente, não percebe, não esquiva nem enfrenta. Ignóbil.
Aborrecidas elas passam. E como se não bastasse, me sorriem. As horas cruéis escorregando como lágrimas. Tristeza inclusive.
Céu se abriu e explodiu. Coração rebentou feito balão no alto. O que há são sobras das sombras assombrando o presente de medo.
Ficou a pintura borrada dialogando com o nada das paredes. Eco do silêncio na bagunça do espírito.
Valentia de estar só. Acompanhado.
1 de março de 2008
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3 comentários:
É...
As vezes estar sozinho acompanhado é a tristeza mais profunda...mais que o Grand Canion....
Mas deixe estar...
Esse tipo de pessoas não sabem o que estão perdendo.
E claro...as vezes um sorvete resolve a solidão...e claro...uma caminhadinha ajuda...
Beijos flor...
Má (as vezes faço cara feia...mas sempre tem um UHMMM no final...)
Sabe o que é pior...
Estar sozinho acompanhado...e queimar o céu da boca com batata quente...
isso sim.
Domingo ensolarado não? :I
Suas viagens dos posts passados foram engraçadas, você briza demais... hahahaha...
E o texto desse último me lembrou uma música... bonita, também...
Beijos,
meu blog tá aí, tão desatualizado quanto era... preguiça de domingo à noite, sabe como é... =D
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