Era uma vez um menino. Que embolava tudo. Embolava linha de pipa, pião e conversa. E conversa era o que ele mais gostava de embolar.
Ele pegava a conversa e dava um nó. E quem quisesse desfazer que tinha que pegar fio por fio e mostrar pro menino como tava embolado sem ter fim.
Ele falava que salgado era doce e se dizia doce quando tava sendo azedo. Ele trocava a etiqueta dos potes de biscoito e dizia ser intenção genuína onde só tinha polvilho.
Ele dizia que não queria ferir e escondia em poesia que o outro não era complexo o suficiente.
E um dia... ele se embolou tanto, deu tanto nó, que não teve jeito.
Deixaram-no morrer enforcado pela sua própria falta de sentido. E o largaram lá. Sem sentidos mesmo. E sentido no sentido de desmaio, direção e significado.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
Que apatralhamento!
Ironia da vida que nem sempre ri de suas próprias piadas.
Está aí ou está lá? Vá saber...
P.p.
Meu caminho não é rua pavimentada
Sou menino moço;
Meu caminho é feito da roça,
Não do ranço das grandes cidades
Nesta vida, prefiro a enchada
Do que a estrada...
Sem seta que me aponte caminho
Ando na contramão;
Rebolo e sambo miudinho,
Com meu rebôlo e cavaquinho
Mas acerto a direção
Meu nó é nó de marinheiro
E minha linha é de mestre de saveiro...
tua postagem me rendeu uma outra!!!
ai...
É como achar agulha no palheiro...
E tem coisas que nunca mudam...tem gente precisando de peroba!
Hehehe....Enfim...diretamente do apartamento vizinho...
Bessos...Cá...
Má (Desapertador de parafusos profissional!)
eu leio isso achando assim:
deve ser alguem que ela conhece.
e eu acho que sou meio assim, enrolado.
Mas tbm so com coisas me enrolo de proposito.
Me digo:
"se a carapuça serviu..."
Postar um comentário