27 de outubro de 2008

Imaterial

Trabalhei a semana inteira. Daí trabalhei sábado o dia inteiro. Daí trabalhei domingo o dia todo. Daí acordei com sintomas de estafa na segunda-feira. E não trabalhei.
Há quem diga que é imprudência. Eu digo que é amor. Ou desejo. Ou os dois. Nada que um sofá e um miojo não alcancem com a cura.
Faltei em outros lugares para estar onde estou. Imprevisíveis consequências da escola das escolhas rotas. Cítara.

Hilda me emprestou suas palavras para esta resposta minha:

Pulsas como se fossem de carne as borboletas
E o que vem a ser isso? perguntas.
Digo que assim há de começar o meu poema.
Então te queixas que nunca estou contigo
Que de improviso lanço meus versos ao ar
Ou falo de pinheiros escoceses, aqueles

Que apetecia a Talleyrand cuidar.
Ou ainda quando grito ou desfaleço
Adivinhas sorrisos, códigos, conluios
Dizes que os devo ter nos meus avessos.

Pois pode ser.
Para pensar o Outro, eu deliro ou versejo.
Pensá-LO é gozo. Então não sabes? INCORPÓREO É O DESEJO.

3 comentários:

Magno Nunes disse...

Amor?
Desejo?

E cuidado com essa estafa mocinha...Senão...JÁ VIU NÉ!

A quem diga que amor não existe...

BjoCá...
Má (Oi)

Chico Junior disse...

Quanta presença de espírito!

Um espírito buscador e achador também.

Com poesia tão igual...

Andréia Félix disse...

Fazia tempo que eu nao passava por aqui :D

É...tem horas que o corpo fala mais alto e não há amor que resista hehehe
Vai descansar, mulher!
Se bem que aí vai perder um showzão do lobão de graça hehe