Trabalhei a semana inteira. Daí trabalhei sábado o dia inteiro. Daí trabalhei domingo o dia todo. Daí acordei com sintomas de estafa na segunda-feira. E não trabalhei.
Há quem diga que é imprudência. Eu digo que é amor. Ou desejo. Ou os dois. Nada que um sofá e um miojo não alcancem com a cura.
Faltei em outros lugares para estar onde estou. Imprevisíveis consequências da escola das escolhas rotas. Cítara.
Hilda me emprestou suas palavras para esta resposta minha:
Pulsas como se fossem de carne as borboletas
E o que vem a ser isso? perguntas.
Digo que assim há de começar o meu poema.
Então te queixas que nunca estou contigo
Que de improviso lanço meus versos ao ar
Ou falo de pinheiros escoceses, aqueles
Que apetecia a Talleyrand cuidar.
Ou ainda quando grito ou desfaleço
Adivinhas sorrisos, códigos, conluios
Dizes que os devo ter nos meus avessos.
Pois pode ser.
Para pensar o Outro, eu deliro ou versejo.
Pensá-LO é gozo. Então não sabes? INCORPÓREO É O DESEJO.
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3 comentários:
Amor?
Desejo?
E cuidado com essa estafa mocinha...Senão...JÁ VIU NÉ!
A quem diga que amor não existe...
BjoCá...
Má (Oi)
Quanta presença de espírito!
Um espírito buscador e achador também.
Com poesia tão igual...
Fazia tempo que eu nao passava por aqui :D
É...tem horas que o corpo fala mais alto e não há amor que resista hehehe
Vai descansar, mulher!
Se bem que aí vai perder um showzão do lobão de graça hehe
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